quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Divisor de águas

Divisor de águas
Águas barrentas, águas claras
Divisor de águas
Águas em conflito, águas mansas
Divisor de águas
Águas, 
água, 
ah!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

cabelos com gilete

Ela cortava seus cabelos com gilete. Pra amar ela usava unhas, entranhas e dentes.  No samba e no terreiro, flutuava. Ela era toda noite. Toda luz. Toda fêmea, na sutileza, no cio e na ferocidade. Ela era toda luta. Mas quando foi pra se matar, ficou esperando quieta a morte chegar.  Esperou toda sua vida escorrer.

sábado, 26 de novembro de 2011

burrinho pedrês

cheiro de chão pisado
carro de boi e gado.
ponteio de viola
canto cansado
luar do sertão.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

cachoeira do escorrega

Cachoeira do escorrega
Escorrega água fria
Música
Canto frio nas pedras
Frias da Maromba.

Cachoeira do escorrega
Toda carga
Que represa emoções
Escorrega água fria
Música
Canto frio nas pedras
Frias da Maromba.

MANHÃ FRIA

Manhã fria de nuvens
Crianças mostram estripulias
Casinhas com flores
Caminho verde
Cantos de sabiás anunciando
Manhã fria de nuvens .

terça-feira, 1 de novembro de 2011

catador de sons

quero aprender a catar
sons semelhantes que
pousam diferentes nas
árvores da melodias fugidias.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CANIBALISMO

MÚSICA ME ENGOLE E ME COSPE DIFERENTE.

DEBATE CULTURAL

COMPAREÇA

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

cores impressionistas

Não se assustem se eu cantar
Como grito ou forte gemido
Ou quem sabe um coro
Inteiro gregoriano
Canto chão
Canto da minha boca
Cores impressionistas
Canto que nem sopro de criação
Canto tão canto como grito
Ou forte gemido.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

INTEIREZA

MUITO INTENSA
INDEFESA
CLARIVIDÊNCIA

MUITO INTENSA
FREMÊNCIA
INTEIREZA.

RISO

O  demônio não nos afronta, só ri de nossas pálidas crenças.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

AGORA

Quero fotografá-los agora porque , é claro, eles crescem muito. Seus olhos súplices, acanhados, muitas vezes se tornam arrogantes. Seus corpos, suas idéias buscam outros olhares.
Talvez mais tarde eles nem se reconheçam nessas fotos de agora, com olhinhos felizes, inocentes e loucos para pular da cadeira e pra fora das pareces da sala, sentir o sol na pele, o vento  nos cabelos e a água fria dos rios em dias bem quentes.
Talvez não se reconheçam, mas o que virá de arrogância, segurança e outros olhares já estão presos nessas fotos de agora.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

debate cultural

PRESTIGIEM, PARCIPEM, DIVULGUEM!!!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Ela chegou sorrateira, tímida e com medo. Agora já corre pelo quintal como se fosse dela e se enrosca e dorme próxima deles como se os conhecesse de longa data. Odara. Veio pra ficar.

sábado, 17 de setembro de 2011

entra numas (para Netinho)

tinha cada uma
maior que a outra
tinha outras
com cada uma
e tinha você
que me deixava numas.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

7 de setembro, cães ladram por independência.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

RODA ATIVA


roda gira
pira,
roda expira.

roda lírica,
empírica
roda de catira

terça-feira, 16 de agosto de 2011

DEBATE CULTURAL


COMPAREÇA! PARTICIPE!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CAMINHOS



Pegadas diferentes
Destinos iguais
Mesmo caminho
Passos desiguais.
Marcas mais leves
Desenhos mais profundos.
Juntos,  pegadas diferentes
Passos desiguais.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

debate cultural

A ACLA promoverá, no dia 27 de agosto  às 20h no clube Literário de Cachoeira Paulista, o  I debate cultural sobre o fim dois tempos, com a presenças de religiosos e cientistas pra falarem sobre o assunto.
Compareçam

terça-feira, 9 de agosto de 2011

homem


O homem pode ser sórdido, armar emboscadas. Pode ser  vingativo, matar com  as próprias mãos e não se arrepender disso.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sons e cores

Apaguei a luz pra que não visse minhas lágrimas. Porque também a luz atrapalhava, direcionava minha atenção pra outros sons e cores. Queria-me inteiro pra música.

Escrever, para meu amigo Mala

Escrever me define o que sou, quem sou, e o que vejo do que outros são.
Escrever dói, arranha, anima, ânima.
Alma, blues, "todo amor que houver nessa vida"
Escrever me salva de mim mesmo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

DA JANELA texto e foto Jurandir Rodrigues


Da janela eu vejo
ele escorre lento
esbarrando liso, calmo
trafegando seguro
em busca de tudo
tudo que vê pelo tudo.
Da janela eu vejo...

terça-feira, 21 de junho de 2011

ARTE

Toda arte me assombra
me dá sombra pro estio
Arte me afronta
Náusea me arrepio.

domingo, 19 de junho de 2011

não sei nada azul

“Eu não sei se vem de Deus do céu ficar azul”
Eu não sei se vem do azul de Deus ficar por aqui.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

necessidades

Cigarro queimando, corroendo o que resta de solidão e melancolia.
Bebida forte, sem gelo, aquecendo o tédio e a angústia.
Um blues, agoniado, ritmando a aflição e o tormento.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

AZUL

minha poesia
é quase nula diante
de um dia tão AZUL.

domingo, 5 de junho de 2011

LAPSOS E TESSITURAS

No dia 11 de junho será a noite de autógrafos de meu livro "Lapsos e tessituras".   Depois de praticamente um ano e meio de lançar Acontecência, acontece esse livro de contos. Com menos de uma semana antes do seu lançamento, me bate aquela insegurança: "será que os contos são bons, será que não deveria re-escrevê-los? Será...um monte de será. Ainda mais lendo "Terra de histórias" de Carlos Varella, lançado há um mês. Carlos Varella é contista de verdade. Contista com conhecimento da palavra, dono do seu ofício. Capaz da criação de contos "sobrenaturais", contos de amor, eróticos, históricos; com sua arma letal e viva: a ironia, o sarro inteligente, o sarcasmo rasgante. Contista que passeia por vários gêneros e estilos, com a mesma qualidade literária. Espero que eu tenha aprendido com a leitura da obra de Carlos Varella e que um pouco desse aprendizado esteja em "LAPSOS E TESSITURAS".

sábado, 28 de maio de 2011

I SALÃO DE ARTE DA ACLA

COMPAREÇAM. PARTICIPEM. DIVULGUEM.
QUEM ESTIVER INTERESSADO  EM PARTICIPAR DO SALÃO, INSCREVER-SE NA SECRETARIA DO CLUBE LITERÁRIO ATÉ DIA 31/5

quarta-feira, 25 de maio de 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CONVITE

Noite de autógrafos do livro de Jurandir Rodrigues
LAPSOS E TESSITURAS
EDITORA MULTIFOCO
SELO VALE EM POESIA
Preço do exemplar: R$ 20,00
11 DE JUNHO, SÁBADO, ÀS 20H, NA CÂMARA MUNICIPAL DE CACHOEIRA PAULISTA
Travessa Antônio Dabul (fundos do antigo Mercado)

agora contos


Tenho estado distante. Porque estava preparando, preocupado com algo novo. Tenho escrito, mas num formato que não quero compartilhar com vocês aqui.

A imagem acima é do meu novo livro, agora contos  que será lançado dia 11 de junho
e que também em breve poderá ser comprado no site da Editora Multifoco.

sábado, 16 de abril de 2011

TODO MUNDO

Todo mundo é parecido na diferença

Todo mundo semelhante em suas crenças

Todo mundo crente em suas descrenças.



Todo mundo carece de estranheza

Todo mundo precede a beleza

Todo mundo fornece aspereza.



Todo mundo, tudo, dúvidas

Certo só na diferença.

16-04-11

sexta-feira, 15 de abril de 2011

FORJAR

Com uma tristeza insolúvel

Material

Cortada à faca.

Uma tristeza farta

Consistente

Forjada sempre.

quinta-feira, 31 de março de 2011

SONHOS ROCK 'N' ROLL para Jorge Alexandre Nunes Ribeiro

vida interrompida
depois de sonhos
Rock 'n' Roll
de proezas juvenis
entre Blues e
Soul.

vidas a distância
que tivemos
depois de juntos
sonhos de Rock 'n' Roll
certezas afins
Blues e Soul.

vidas inseparáveis
noites de sonhos
Blues e Soul
e letras Rock 'n' Roll
crenças assim
futebol, e agora: o que sou?

sábado, 26 de março de 2011

FUGAS

Desconheço as pessoas

Com subterfúgios

Desconheço as pessoas

Com refúgios

Desconheço as pessoas

Com refugos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

APESAR

 Apesar  de...
criam-se ainda belos versos
e profundas melodias

Apesar de...
contam-se ainda belas histórias
e pintam-se belas imagens

Apesar de...
percorrem-se velhas estradas
comtemplam-se lagos, oceanos

Apesar de...
amam-se sem medo
por causa de...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

PÁSSAROS

Os pássaros me distraem
desligam-me do (des) necessário
brincam com minhas
cansadas retinas.

Os pássaros me atraem
tiram-me da faina diária
afinam minha
memória autiditiva.

Os pássaros me trazem
criam-me um relicário
fabricam árias, melodias
em constante oficina.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SOLIDÃO

A morte
num cemitério abandonado
à beira-mar.

a morte
assim
à beira
não mete medo



POEMA REFORMULADO COM A LUXUOSA SUGESTÃO DO AMIGO POETA FABIANO FERNANDES GARCEZ

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SOLIDÃO

A morte
num cemitério abandonado
à beira-mar.

A morte,
 assim,
não me mete medo.

MANCHAS

Três garças mansas
de voos displicentes
mancham de branco
o céu azul

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ÁGUAS DA MARAMBAIA

ÁGUAS LÍRICAS
DAS NINFAS
ÁGUAS DA MARAMBAIA
DE MÚSICAS
SEIXOS CLAROS
DE PROSA
CALMA POESIA
SOMBRAS FARTAS
ARTE PRONTA
COLHIDAS NAS
ÁGUAS DA MARAMBAIA.