Espontaneidade
Blogue de poesia, pequenas observações cotidianas. Comentários de livros, filmes, discos ou letras de música.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Lentamente
─ Ele morreu lentamente.
─ Mas qual a causa mortis?
─ Não sei, ele morreu lentamente.
─ Lentamente como?
─ Foi morrendo lentamente, perdendo as forças, se apagando devagarinho...
─ Mas você não tentou fazer nada?
─ Fiz tudo que podia.
─ Fez o quê?
─ Tudo.
─ Mas não conseguiu salvá-lo?
─ Salvá-lo?
─ É. Você acabou de nos dizer que fez tudo que podia para salvá-lo.
─ Que salvá-lo? Fiz tudo que podia para que o filho da puta morresse lentamente e fiquei ali olhando sua vida se apagando, devagarinho...
olhar
Basta um olhar
Só um olhar
Olhar
Olhar de frente, soslaio.
Basta um olhar
Só um olhar
Para tudo se acabar, para tudo se bastar
Um olhar.
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