Blogue de poesia, pequenas observações cotidianas. Comentários de livros, filmes, discos ou letras de música.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Lentamente
─ Ele morreu lentamente.
─ Mas qual a causa mortis?
─ Não sei, ele morreu lentamente.
─ Lentamente como?
─ Foi morrendo lentamente, perdendo as forças, se apagando devagarinho...
─ Mas você não tentou fazer nada?
─ Fiz tudo que podia.
─ Fez o quê?
─ Tudo.
─ Mas não conseguiu salvá-lo?
─ Salvá-lo?
─ É. Você acabou de nos dizer que fez tudo que podia para salvá-lo.
─ Que salvá-lo? Fiz tudo que podia para que o filho da puta morresse lentamente e fiquei ali olhando sua vida se apagando, devagarinho...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário