CACHOEIRENSES, PRECISAMOS DE SOMBRAS EM NOSSAS VIAS PÚBLICAS.
NÃO ESPEREM PELO PODER PÚBLICO, PLANTEM ÁRVORES EM SUAS CALÇADAS.
Blogue de poesia, pequenas observações cotidianas. Comentários de livros, filmes, discos ou letras de música.
domingo, 26 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
QUESTÕES TELÚRICAS
Já foste hoje ao seu quintal?
Já viste os pássaros que encantam suas árvores
E se nutrem dos pequenos insetos
Que se abastecem do que é chão e alto?
Já deixaste entrar aquela réstia que vem dele
E aquela brisa com cheiro de verde?
Já pisaste na terra e sentiste os pés se acomodando
Nas suas origens?
Já viste os pássaros que encantam suas árvores
E se nutrem dos pequenos insetos
Que se abastecem do que é chão e alto?
Já deixaste entrar aquela réstia que vem dele
E aquela brisa com cheiro de verde?
Já pisaste na terra e sentiste os pés se acomodando
Nas suas origens?
sábado, 27 de novembro de 2010
Versos sobre a obra CAMINHO de ROBERTO MENDES
o chão, terra, folhas e asas vermelhas
o todo verde
caminho do aconchego
caminho quente do aconchego
domingo, 21 de novembro de 2010
domingo
Domingo pra ouvir o ventinho fino que entra pela janela,
Ouvir os Bem-te-vis que cantam com a euforia do acasalamento,
Domingo pra ficar quietinho ouvindo o tempo passar
Ouvindo o ventinho fino que entra pela janela.
Ouvir os Bem-te-vis que cantam com a euforia do acasalamento,
Domingo pra ficar quietinho ouvindo o tempo passar
Ouvindo o ventinho fino que entra pela janela.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
"Poesia é voar fora da asa" MANOEL DE BARROS
nuvens pesadas deixam
minhas asas cansadas
assim poesia mal passa
do céu de casa.
minhas asas cansadas
assim poesia mal passa
do céu de casa.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
MINHAS LÁGRIMAS
minha lágrima é mais norte que sul
mais noite que girassol da cor de seu cabelo.
mais norte que sul mais Minas que mar
mais serra, mais Bocaina que retidão.
minha lágrima é mais forte que nua
mais açoite e mais torta que zelo
mais morte que tudo, lapídar
mais espera, mais faina que mansidão.
mais noite que girassol da cor de seu cabelo.
mais norte que sul mais Minas que mar
mais serra, mais Bocaina que retidão.
minha lágrima é mais forte que nua
mais açoite e mais torta que zelo
mais morte que tudo, lapídar
mais espera, mais faina que mansidão.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
ACLA EM EVENTO LITERÁRIO NO SENAC
DOIS MEMBROS DA ACLA ESTARÃO PRESENTES HOJE NUM EVENTO LITERÁRIO NO SENAC DE GUARATINGUETÁ: JURANDIR RODRIGUES, AUTOR DE ACONTECÊNCIA E JURANDIR FABIO, AUTOR DE EXPECTADOR DA VIDA E ARTISTA PLÁSTICO. HAVERÁ AUTÓGRAFOS DOS DOIS AUTORES E EXPOSIÇÃO DE ALGUNS QUADROS DE JURANDIR FABIO E PALESTRA SOBRE LITERATURA E INTERNET COM JURANDIR RODRIGUES.
NA SEXTA-FEIRA , HAVERÁ MAIS, NO SARAU LIERÁRIO, COM POSSÍVEIS PARTICIPAÇÕES DE OUTROS MEMBROS DA ACLA.
NA SEXTA-FEIRA , HAVERÁ MAIS, NO SARAU LIERÁRIO, COM POSSÍVEIS PARTICIPAÇÕES DE OUTROS MEMBROS DA ACLA.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
ACLA e seus novos membros
o blogue Bom de pauta publicou reporetagem sobre a ACLA no link abaixo
http://bomdepauta.blogspot.com/2010/10/novos-membros-da-acla.html#comment-form
http://bomdepauta.blogspot.com/2010/10/novos-membros-da-acla.html#comment-form
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
ELEIÇÕES
dois poetas e professores manifestam suas intenções de voto no link abaixo
http://blogdocapucho.blogspot.com/2010/09/eleicoes.html
http://blogdocapucho.blogspot.com/2010/09/eleicoes.html
sábado, 25 de setembro de 2010
OUTRO POETA
Um poeta quando encontra outro poeta, fica estupefato, estranha demais: “Nossa, outro lunático, outro que fala sozinho, que levanta no meio da noite pra anotar um verso para a noite de sono não apagar.”
Um poeta quando encontra outro poeta, fica estupefato, estranha demais, mas fica feliz, e troca versos e ideias e convida o outro poeta para um café ou um vinho.
Um poeta quando encontra outro poeta, fica estupefato, estranha demais, mas fica feliz, e troca versos e ideias e convida o outro poeta para um café ou um vinho.
HOMEM DE MÁSCARA
ao arrancar a máscara que o incomodava
o homem percebeu-se extremamnete insosso
recolocou seu rosto socuial
e partiupara parecer aos outros
e que sabia não ser
Esse belíssimo poema pode ser encontrado juntamente com outros poemas tão belos quanto no Livro Café com Içás, lançado em agosto desse ano, do poeta Cachoeirense e membro da ACLA (Academia de Letras e Artes de Cachoeira Paulista). No dia 15 de outubro ele estará no clube Literário com outros autores e artistas da ACLA, para autografar seu livro e bater um papo sobre literatura.
o homem percebeu-se extremamnete insosso
recolocou seu rosto socuial
e partiupara parecer aos outros
e que sabia não ser
Esse belíssimo poema pode ser encontrado juntamente com outros poemas tão belos quanto no Livro Café com Içás, lançado em agosto desse ano, do poeta Cachoeirense e membro da ACLA (Academia de Letras e Artes de Cachoeira Paulista). No dia 15 de outubro ele estará no clube Literário com outros autores e artistas da ACLA, para autografar seu livro e bater um papo sobre literatura.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
COMO AMANHEÇO
não faço versos como amanhece
o amanhecer é límpido, nu
os versos que amanheço
são baços e turvos
nada acesos.
o amanhecer é límpido, nu
os versos que amanheço
são baços e turvos
nada acesos.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
Ruth Guimarães
Casa de D. Ruth Guimarães: amigos, poetas e familiares prestigiando nossa mestre escritora.
http://palavrasdeseda.blogspot.com/2010/08/folclorista-do-vale-do-paraiba.html
Blogue da escritora de São José dos Campos Rita Elisa Seda.
http://palavrasdeseda.blogspot.com/2010/08/folclorista-do-vale-do-paraiba.html
Blogue da escritora de São José dos Campos Rita Elisa Seda.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Vale em poesia e 3x4 no jornal O Lince
Reportagem sobre os poetas e contistas do Vale do Paraíba, que expuseram e autografaram seus livros na Bienal pela Editora Multifoco, publicada no Jornal o Lince, no link abaixo
http://www.jornalolince.com.br/2010/ago/pages/grafias-autoresvale.php
http://www.jornalolince.com.br/2010/ago/pages/grafias-autoresvale.php
terça-feira, 17 de agosto de 2010
OUTONO
Quero viver no outono
Com suas folhas
Caindo e caídas.
Quero viver no outono
Com luas e noites
Luzindo e infindas.
Quero viver no outono
Com ventos que varrem e açoitam
Infringindo o clima.
Quero viver no outono
Com suas folhas
Caindo carpidas.
Com suas folhas
Caindo e caídas.
Quero viver no outono
Com luas e noites
Luzindo e infindas.
Quero viver no outono
Com ventos que varrem e açoitam
Infringindo o clima.
Quero viver no outono
Com suas folhas
Caindo carpidas.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Autores representam o Vale na 21ª Bienal do Livro em São Paulo
A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo começa agora, 12 de agosto, e termina dia 22. No sábado (14), a partir do meio-dia, no estande da editora Multifoco, um grupo de autores da nossa região promoverá alternadamente uma sessão de autógrafos dos seus livros, quase todos publicados neste ano. Eis aí uma ótima oportunidade aos visitantes da Bienal: aproveitar o sábado para prestigiar a literatura valeparaibana. Confira abaixo a programação dos selos Três por quatro e Vale em poesia:
14 de agosto, sábado
12h - Autógrafos com Wilson Gorj (Aparecida), autor de "Prometo ser breve" e editor do selo 3x4 (microcontos);
14h - Autógrafos com Jurandir Rodrigues (Cachoeira Paulista), autor de "Acontecência", e Fabiano Fernandes Garcez (Guarulhos), autor de "Diálogos que ainda restam" (Selo Vale em Poesia);
16h - Autógrafos com Clebber Bianchi (Taubaté), autor de "À medida dos tempos", e Eryck Magalhães (Guaratinguetá), autor de "Ecos e outros versos" (Selo Vale em Poesia);
18h - Autógrafos com Paulo Franco (Ribeirão Pires), autor de "A quarta parede", e Tonho França (Guaratinguetá), autor de "O bebedor de auroras" e editor do selo Vale em Poesia, da editora Multifoco;
20h - Debate "O papel da poesia em um mundo 2.0" com os autores do selo Vale em Poesia, da editora Multifoco.
A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontece no Pavilhão Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana). A Multifoco sediará o estande I 55, em frente à praça de alimentação. Para conhecer a promoção completa, acesse o site da editora:
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-atualidades.php
texto e informações de Wilson Gorj
A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo começa agora, 12 de agosto, e termina dia 22. No sábado (14), a partir do meio-dia, no estande da editora Multifoco, um grupo de autores da nossa região promoverá alternadamente uma sessão de autógrafos dos seus livros, quase todos publicados neste ano. Eis aí uma ótima oportunidade aos visitantes da Bienal: aproveitar o sábado para prestigiar a literatura valeparaibana. Confira abaixo a programação dos selos Três por quatro e Vale em poesia:
14 de agosto, sábado
12h - Autógrafos com Wilson Gorj (Aparecida), autor de "Prometo ser breve" e editor do selo 3x4 (microcontos);
14h - Autógrafos com Jurandir Rodrigues (Cachoeira Paulista), autor de "Acontecência", e Fabiano Fernandes Garcez (Guarulhos), autor de "Diálogos que ainda restam" (Selo Vale em Poesia);
16h - Autógrafos com Clebber Bianchi (Taubaté), autor de "À medida dos tempos", e Eryck Magalhães (Guaratinguetá), autor de "Ecos e outros versos" (Selo Vale em Poesia);
18h - Autógrafos com Paulo Franco (Ribeirão Pires), autor de "A quarta parede", e Tonho França (Guaratinguetá), autor de "O bebedor de auroras" e editor do selo Vale em Poesia, da editora Multifoco;
20h - Debate "O papel da poesia em um mundo 2.0" com os autores do selo Vale em Poesia, da editora Multifoco.
A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontece no Pavilhão Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana). A Multifoco sediará o estande I 55, em frente à praça de alimentação. Para conhecer a promoção completa, acesse o site da editora:
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-atualidades.php
texto e informações de Wilson Gorj
quinta-feira, 29 de julho de 2010
CHORO POSSÍVEL
Jantar preparado com amor mais fogo possível
Amigos, música...
Amor, ouvir Clube da esquina
Acordar cedo, mais cedo que possível
O sol de hoje acordou lindo, mais fogo, incrível.
Amigos, música...
Amor, ouvir Clube da esquina
Acordar cedo, mais cedo que possível
O sol de hoje acordou lindo, mais fogo, incrível.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
TODA FAMÍLIA
A farinha pro meu pirão
O pirão pra minha família
Farinha do mesmo saco
De farinha pro meu pirão.
O pirão pra minha família
Farinha do mesmo saco
De farinha pro meu pirão.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
ACLA
Outro grande texto sobre a ACLA, esse do Blogue Bom de Pauta, da jornalista Claudia Varella
http://bomdepauta.blogspot.com/2010/07/acla-de-volta.html
http://bomdepauta.blogspot.com/2010/07/acla-de-volta.html
quarta-feira, 21 de julho de 2010
ACLA
EU IA ESCREVER SOBRE UM ACONTECIMENTO MEMORÁVEL EM CACHOEIRA PAULISTA, MAS PRA NÃO SOAR REDUNDANTE, VOU DIRECIONÁ-LOS AO BLOGUE DO GUTO CAPUCHO QUE ESCREVEU TÃO BEM SOBRE O MESMO FATO.
http://blogdocapucho.blogspot.com/2010/07/academia-cachoeirense-de-letras-artes.html
http://blogdocapucho.blogspot.com/2010/07/academia-cachoeirense-de-letras-artes.html
segunda-feira, 19 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Paulo Moura
Posso chorar sua falta ou ouvi-lo o resto do dia.
Posso aproveitar pra chorar a angústia que já era minha
uma angústia de início de férias, sentindo falta do que queria me livrar.
Melhor ouvi-lo o dia todo. Salve e viva Paulo Moura.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
VENDAVAL
tudo que ouço, vislumbro
me retoma e me retira
daqui.
me carrega pra tudo,
tudo que ouço, vislumbro.
um menino, uma mão,
cajado que o guia,
caminho ralo, destino.
tudo que ouço, vislumbro
me retoma e me retira
daqui.
me retoma e me retira
daqui.
me carrega pra tudo,
tudo que ouço, vislumbro.
um menino, uma mão,
cajado que o guia,
caminho ralo, destino.
tudo que ouço, vislumbro
me retoma e me retira
daqui.
sábado, 26 de junho de 2010
LUA NO CÉU
O primeiro homem que viu a lua no céu
O caminho que ela faz lá em cima.
Quem acendeu aquela luz?
Como acatou suas fases?
Suas aparições repentinas?
O primeiro homem que viu a lua no céu.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Ecos e outros Versos
Obra dividida em duas partes, em que a primeira: Ecos, trabalha com a questão do preconceito Racial, assim como Oswald de Andrade em sua melhor fase antropofágica, brinca com a história do Brasil que o negro está inserido e acorrentado; A segunda, Outros versos, é composta de poemas variados, mas com qualidade ímpar, de uma sensibilidade invejável.
sábado, 19 de junho de 2010
Copa e outras leituras
Em meio a copa do mundo, em que vi quase todos os jogos e comentários deles. Vi todas as cores, todas as camisas e matizes de gente e povo e raça. Estou lendo, nesses intervalos, Pastoral Americana de Philip Roth .Li À medida dos Tempos, livro de poesia de Cleber Bianchi, belo livro, de uma maturidade poética invejável. Ah tenho dado as minhas 30 aulas semanais e hoje levei alguns alunos para participarem do Concurso do Juca, eles adoraram, então já fomos premiados.
Hoje irei pra Guará pro lançamento do livro "Ecos e outros versos" de Eryck Magalhães.
Amanhã voltamos à Copa e leituras nos intervalos.
Hoje irei pra Guará pro lançamento do livro "Ecos e outros versos" de Eryck Magalhães.
Amanhã voltamos à Copa e leituras nos intervalos.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Terra
Ferir a terra
esperar sua sangria
seus instintos e desejos.
Semear, só colher
sua boa vontade
seu bom fruto
e desejo.
esperar sua sangria
seus instintos e desejos.
Semear, só colher
sua boa vontade
seu bom fruto
e desejo.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
por tudo
pelas cartas não recebidas
pelos olhares não atingidos
peles não tocadas
lábios calados
músicas desligadas
textos deletados.
pelas cartas não lidas.
pelos olhares não atingidos
peles não tocadas
lábios calados
músicas desligadas
textos deletados.
pelas cartas não lidas.
terça-feira, 25 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
ENTRADAS E BANDEIRAS
Os pontos que se cruzam
estradas que se buscam
atalhos que se encurtam
bifurcações que se confundem.
estradas que se buscam
atalhos que se encurtam
bifurcações que se confundem.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
noite de autógrafos coletiva e fotografia
Estarei em Guará no Senac no Encontro Cultural Dona Eta (Guará ) Dia 07/05 -junto com Clebber Bianchi, Fabiano Garcez e Paulo Franco em uma noite de autógrafos coletiva.
Se tiver de bobeira, apareça lá, haverá também no mesmo espaço e horário uma exposição de fotografias.
Se tiver de bobeira, apareça lá, haverá também no mesmo espaço e horário uma exposição de fotografias.
sábado, 24 de abril de 2010
Foto de JURA
Andei um bocado pra chegar até o ideal
subi morro e encostas, varei cerca e trilhas
escorreguei, caí.
Lugar danado de bonito, visão pra epifanias
"eu quero uma casa no campo"
"Há tempos eu fiz um ranchicho pra minha cabocla morar"
sexta-feira, 23 de abril de 2010
RESENHA
Diálogos que ainda bem que restam
Por Jurandir Rodrigues
Uma bela obra que traz em seus diálogos lirismo confessional, sempre revisando o passado: da infância que clama por um senso justiça: “O mundo ainda não estava preparado para um outro senso de justiça!”, que se lembra do cheiro do café da avó. Diálogos com o amor e com a própria poesia, como nos versos abaixo de Penso em você como uma poesia,
“Com o seu corpo de versos brancos
Separado em três estrofes
Suas rimas já foram emparelhadas a mim,
hoje são opostas
O ritmo cadenciado do seu coração
deixa o meu em grandes pausas”
Diálogos como em “Soneto ao meu amor” que dialoga com os mestres do gênero: Camões, Vinícius... Um diálogo com o inconformado Álvaro de Campos em “Sou Nada, como nos mostra os versos a seguir: “ Não sou/ Não quero ser/ Ou melhor, quero ser como o nada...” Uma revisão de Deus e do que as religiões fizeram dele. “Quem goza da liberdade do pensamento,/ está mais próximo e comunga Deus com os seus.”
Fabiano tem a consciência das palavras, tem o domínio da morada delas e do diálogo que elas são capazes de empreender com nossas almas. Tem em suas mãos ritmo e musicalidade casados. Diálogos que restam em sentimentos, sensações e sentidos: a voz da avó e o cheiro de seu café, e o principal: a voz do poeta, a visão sobre si mesmo e o outro e sobre Deus, o calor, o frio e o arrepio. Diálogos que nos tomam por inteiro, diálogos que nos prendem até o último verso. Fabiano nesses diálogos nos ensina a noção exata de ser poeta, de ler e de lidar com a poesia. Sua poesia nos prende por todas as sensações, sentimentos e sentidos.
Por Jurandir Rodrigues
Uma bela obra que traz em seus diálogos lirismo confessional, sempre revisando o passado: da infância que clama por um senso justiça: “O mundo ainda não estava preparado para um outro senso de justiça!”, que se lembra do cheiro do café da avó. Diálogos com o amor e com a própria poesia, como nos versos abaixo de Penso em você como uma poesia,
“Com o seu corpo de versos brancos
Separado em três estrofes
Suas rimas já foram emparelhadas a mim,
hoje são opostas
O ritmo cadenciado do seu coração
deixa o meu em grandes pausas”
Diálogos como em “Soneto ao meu amor” que dialoga com os mestres do gênero: Camões, Vinícius... Um diálogo com o inconformado Álvaro de Campos em “Sou Nada, como nos mostra os versos a seguir: “ Não sou/ Não quero ser/ Ou melhor, quero ser como o nada...” Uma revisão de Deus e do que as religiões fizeram dele. “Quem goza da liberdade do pensamento,/ está mais próximo e comunga Deus com os seus.”
Fabiano tem a consciência das palavras, tem o domínio da morada delas e do diálogo que elas são capazes de empreender com nossas almas. Tem em suas mãos ritmo e musicalidade casados. Diálogos que restam em sentimentos, sensações e sentidos: a voz da avó e o cheiro de seu café, e o principal: a voz do poeta, a visão sobre si mesmo e o outro e sobre Deus, o calor, o frio e o arrepio. Diálogos que nos tomam por inteiro, diálogos que nos prendem até o último verso. Fabiano nesses diálogos nos ensina a noção exata de ser poeta, de ler e de lidar com a poesia. Sua poesia nos prende por todas as sensações, sentimentos e sentidos.
A quarta parede: Poesia encenação
Por Jurandir Rodrigues
Paulo Franco, um poeta que põe a alma translúcida à mostra na frente do palco como nos versos iniciais do livro e do poema “A estátua”:
“A alma estendida no varal
a me conter de encantos.
Desalinhos no que sou
confundem o que sinto
num quintal de prantos.”
Poeta que brinca e sofre com o seus versos que nos remete a outro poeta brincador-sofredor-fingidor nas estrofes abaixo dos poemas “A pessoa” e “Infinito”, respectivamente:
“Do outro lado da minha janela
inúmeros donos de tabacaria
riem-se de mim
que não me sinto pessoa.”
“E nunca sei se escrevo
a parte que me cabe
do que sei de mim
e , às vezes, calo
pra fingir o que não sinto.”
Com claras e enigmáticas referências ao teatro, ou à vida como símbolo e metáfora de encenações e roteiros a serem seguidos, a atores perdidos nas coxias e textos. O título já nos remete a tudo isso e também os versos abaixo do poema “O Camarote”:
“A peça é parte arredia
do contexto de paixões intensas
que se quebram em instantes
desfazendo as emoções dos outros
para sempre.”
A mesma metáfora da vida que se confunde com o palco, roteiros previamente escritos que seguimos estão presentes nos versos abaixo do poema “O circo”.
“Do alto do meu espetáculo
observo na plateia
o que não quero ser
e represento pros que aplaudem
o teatro do que somos
nas coxias onde estamos,
mas mostrando um picadeiro
que não quero ver.”
A quarta parede, um livro de poemas que se confunde com uma peça de teatro em que os poemas são personagens que nos dizem, sem medo e amarras, quem somos e que nos espreita a alma maquiada para um grande espetáculo, ou nossa alma pálida fugindo dos palcos para esconder nas coxias fragilidades e temores.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
O livro acima foi lançado no dia 27 de fevereiro.
Quem quiser adquiri-lo é só entrar em contato comigo pelo e-mail juranha@hotmail.com.
Posto pelo correio autografado. O valor do ACONTECÊNCIA é R$ 25,00.
terça-feira, 6 de abril de 2010
MAU TEMPO
não quero mais falar do tempo
nem de suas brincadeiras
nem do que fez e faz em mim
mas essa chuva fina e
insistente
esse frio
estridente
não me deixam esquecê-lo.
nem de suas brincadeiras
nem do que fez e faz em mim
mas essa chuva fina e
insistente
esse frio
estridente
não me deixam esquecê-lo.
sábado, 27 de março de 2010
50 ANOS
uma menina me ensinou quase tudo que eu sei
é preciso amar as poessoas
parece cocaína, mas é só tristeza
tempo perdido
será só imaginação
ela me tratava com um rei
de tarde quero descansar
não saco nada de química , literatura ou gramática
eu gosto de meninos e meninas
uma menina me ensinou quase tudo que eu sei
é preciso amar as pessoas
é preciso amar as poessoas
parece cocaína, mas é só tristeza
tempo perdido
será só imaginação
ela me tratava com um rei
de tarde quero descansar
não saco nada de química , literatura ou gramática
eu gosto de meninos e meninas
uma menina me ensinou quase tudo que eu sei
é preciso amar as pessoas
terça-feira, 23 de março de 2010
RECORTE
uma nesga
num lugar fechado
claustrofóbico
apenas uma nesga
de serra da Bocaina.
em primeiro plano
mangueiras
ao fundo quase desfocado
a serra e o sol
e a neblina.
quase ao alcance das mãos
mangueiras
e aos olhos
desfocada a serra
e o sol com neblina.
apenas uma nesga
acostumando as retinas
à luz em um lugar fechado
claustrofóbico.
num lugar fechado
claustrofóbico
apenas uma nesga
de serra da Bocaina.
em primeiro plano
mangueiras
ao fundo quase desfocado
a serra e o sol
e a neblina.
quase ao alcance das mãos
mangueiras
e aos olhos
desfocada a serra
e o sol com neblina.
apenas uma nesga
acostumando as retinas
à luz em um lugar fechado
claustrofóbico.
sexta-feira, 19 de março de 2010
análise do meu blogue
Descobri por acaso que um site de resenhas e dicas culturais fez uma análise do meu blogue "jurandir.rodrigues.zip.net", que não está mais no ar, pois o subistituí por esse no qual estou escrevendo. Como só mudei o endereço, os textos desse blogue são do mesmo tipo do outro, vale publicar a análise feita pelo site:
http://pt.shvoong.com/books/poetry/1963273-http-jurandir-rodrigues-zip-net/
Revisão do Web site: Omalucosadio
Nunca se escreveu tanto como hoje. A internet foi, de fato, uma ferramenta importantíssima na ampliação do número de leitores e escritores no mundo. Entretanto, ainda é difícil encontrar material de qualidade quando se trata de literatura. Blogs pessoais, os "diários virtuais", propagaram-se como pragas, lotando o ambiente virtual de textos desinteressantes. Todavia, persistem ainda alguns cujo intuito principal não é tornar pública as suas vidas pessoais, mas sim enriquecer a produção literária nacional. Esse é o caso de Jurandir Rodrigues, que em seu blog publica seus trabalhos. Desde pequenas resenhas de filmes e músicas, passando por relatos cotidianos e abrangendo principal a poesia, o blog de Jurandir é um prato cheio para os amantes da poesia e para aqueles que querem conhecer um pouco mais dessa arte. Muito bem elaborados, os poemas de Jurandir são pequenas jóias cujo valor só é compreendido por aqueles que tomam cinco minutos de seu dia para sentar em frente ao computador e se deliciarem com esses pequenos mundos feitos de palavras. Sem dúvida, um site imperdível para todos os membros da blogosfera.
Publicado em: janeiro 12, 2010
http://pt.shvoong.com/books/poetry/1963273-http-jurandir-rodrigues-zip-net/
Revisão do Web site: Omalucosadio
Nunca se escreveu tanto como hoje. A internet foi, de fato, uma ferramenta importantíssima na ampliação do número de leitores e escritores no mundo. Entretanto, ainda é difícil encontrar material de qualidade quando se trata de literatura. Blogs pessoais, os "diários virtuais", propagaram-se como pragas, lotando o ambiente virtual de textos desinteressantes. Todavia, persistem ainda alguns cujo intuito principal não é tornar pública as suas vidas pessoais, mas sim enriquecer a produção literária nacional. Esse é o caso de Jurandir Rodrigues, que em seu blog publica seus trabalhos. Desde pequenas resenhas de filmes e músicas, passando por relatos cotidianos e abrangendo principal a poesia, o blog de Jurandir é um prato cheio para os amantes da poesia e para aqueles que querem conhecer um pouco mais dessa arte. Muito bem elaborados, os poemas de Jurandir são pequenas jóias cujo valor só é compreendido por aqueles que tomam cinco minutos de seu dia para sentar em frente ao computador e se deliciarem com esses pequenos mundos feitos de palavras. Sem dúvida, um site imperdível para todos os membros da blogosfera.
Publicado em: janeiro 12, 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
ESCREVER
COMO É DIFÍCIL CONTAR BOAS HISTÓRIAS. ESCOLHER AS PALAVRAS CERTAS, A FORMA DE ORGANIZÁ-LAS. SABER SE AS COMEÇA PELO INTRÓITO OU PELO CABO. DIFÍCIL DEMAIS ESCREVER. MELHOR É OUVI-LAS E LÊ-LAS, OU ASSISTI-LAS. MAS MAIS DIFÍCIL AINDA É FUGIR DESSA NECESSIDADE DE REFLETIR, DE REPERCUTIR COM AS PALAVRAS, SEJA EM VERSO OU PROSA.
QUERIA CONTAR BEM HISTÓRIAS COMO CARLOS VARELLA E RUTH GUIMARÃES. TER O VERSO FÁCIL COMO GUTO CAPUCHO E TONHO FRANÇA.
QUERIA CONTAR BEM HISTÓRIAS COMO CARLOS VARELLA E RUTH GUIMARÃES. TER O VERSO FÁCIL COMO GUTO CAPUCHO E TONHO FRANÇA.
Marcadores:
CARLOS VARELLA,
GUTO CAPUCHO,
RUTH GUIMARÃES,
TONHO FRANÇA
quinta-feira, 11 de março de 2010
noite de autógrafos
Em breve, noite de autógrafos do meu Livro ACONTECÊNCIA na CASA E, em Guaratinguetá.
A confirmar, participação de outros poetas do SELO VALE EM POESIA da Editora MULTIFOCO.
A confirmar, participação de outros poetas do SELO VALE EM POESIA da Editora MULTIFOCO.
ideia afogada
a água foi ficando mansa
aquele turbilhão sumiu
como se a água tivesse sido alisada
com um régua.
não adiantava mergulho profundo
nem oração
aquela ideia, aquele sonho tinha
submergido pra sempre.
aquele turbilhão sumiu
como se a água tivesse sido alisada
com um régua.
não adiantava mergulho profundo
nem oração
aquela ideia, aquele sonho tinha
submergido pra sempre.
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